
Alto contraste, audiodescrição e repertório social
para IA são algumas formas de melhorar a qualidade da comunicação com todos os
públicos
Com o crescimento do e-commerce nos últimos anos, o uso de
chatbots tornou-se necessário para facilitar o atendimento do consumidor em
todas as etapas de compra. Mas, considerando que 18,6 milhões de pessoas no
Brasil têm alguma deficiência, de acordo com o IBGE, é fundamental implantar
boas práticas para gerar inclusão nesse contato.
Assim como nos espaços físicos, o atendimento online precisa
oferecer recursos de acessibilidade. Entender qual é o público-alvo de um
comércio eletrônico é necessário para adaptar o chatbot às necessidades dos
clientes, dando atenção a todas as formas de diversidade para que as
informações estejam amplamente acessíveis. Por isso, para ter um chatbot
inclusivo, devem ser considerados os
públicos com diferentes idades, gêneros, etnias, deficiências físicas ou
mentais, orientações sexuais e religiões.
“O primeiro passo é fazer uma análise na própria empresa e dos
seus consumidores; em seguida, realizar as transformações que faltam para
garantir um contato inclusivo. Conceder treinamentos aos funcionários para
estarem preparados e atentos a qualquer tipo de ajuda, bem como manter a comunicação personalizada, são alguns
exemplos”, explica Leidiane Jardim, diretora de clientes da NeoAssist.
Para começar, uma
interface simplificada e intuitiva garante uma navegação mais tranquila e
objetiva; já projetos com uso de cores e contrastes adequados facilitam a
leitura para pessoas com baixa visão ou daltonismo, por exemplo, assim como a
personalização da fonte e tamanho do texto. Integrar ferramentas de
audiodescrição e transcrição de áudio também são cruciais para uma relação
realmente inclusiva.
Vale, ainda, treinar a
IA do chatbot com uma ampla variedade de dados culturais, a partir de
diferentes contextos sociais e linguísticos, o que pode garantir respostas mais
adequadas.
“Outro fator
importante são os feedbacks dos clientes. Incentivá-los é necessário para
identificar que outras mudanças precisam ser feitas. A partir desse retorno, as
empresas entendem como manter o melhor relacionamento entre os consumidores e o
time de atendimento”, complementa Leidiane.