
Para um novo empreendedor, se estabelecer no comércio eletrônico pode
parecer desafiador
Para um novo empreendedor, se estabelecer no comércio eletrônico pode
parecer desafiador. No entanto, com planejamento, organização e um método bem
definido, é possível se destacar e obter lucro no meio digital. No ano passado, o
e-commerce brasileiro faturou R$ 204,3 bilhões, registrando um crescimento de
10,5% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Comércio
Eletrônico (ABComm). Esse cenário promissor tem atraído pessoas interessadas em
abrir loja online. Porém, para ter sucesso nesse mercado
competitivo, é essencial contar com um planejamento financeiro detalhado.
Para Rebecca Fischer, co-fundadora da Divibank, muitos empresários
subestimam as despesas operacionais contínuas, o que pode comprometer a
sustentabilidade do negócio a longo prazo. “Iniciar um negócio virtual requer
mais do que apenas escolher os produtos certos: é preciso compreender e
planejar todos os custos envolvidos, desde a criação da plataforma até as
estratégias de marketing e logística”, afirma.
O investimento inicial para abrir um e-commerce varia conforme o modelo
de negócio e a complexidade da operação, diante disso, oara um MEI com
estrutura enxuta, os custos ficam entre R$ 2 mil e R$ 10 mil, incluindo a
criação da loja virtual, pequeno estoque e marketing digital. Já empresas de
médio porte, que demandam plataformas robustas, integração de pagamentos e
logística estruturada, podem investir acima de R$ 50 mil. Além disso, é
fundamental considerar despesas recorrentes, como mensalidades de plataformas
(R$ 50 a R$ 500), taxas de pagamento (2% a 5%), anúncios e logística. Um
planejamento financeiro sólido evita surpresas e garante maior eficiência.
O setor de vendas online segue em expansão no Brasil, consolidando-se
como um dos mais promissores da economia digital. De acordo com a ABComm, a
receita desse mercado deve atingir R$224,7 bilhões até o fim de 2025, um
acréscimo de quase R$20 bilhões em relação ao ano anterior. Diante desse
crescimento, um planejamento financeiro estratégico torna-se indispensável para
garantir competitividade e sustentabilidade.
Outro fator crucial para quem deseja ingressar no comércio virtual é a
diversificação dos meios de pagamento. O Pix, criado pelo Banco Central, já é a
opção mais utilizada nas compras online, representando 30% das transações em
2024. Incorporar essa alternativa ao sistema de pagamentos não apenas melhora a
experiência do consumidor, mas também reduz encargos financeiros associados a
cartões de crédito e boletos.
Para se destacar nesse ambiente altamente competitivo, é essencial
estruturar um plano financeiro sólido, que contemple tanto o investimento
inicial quanto a administração eficiente das despesas recorrentes. A definição
de estratégias adequadas de precificação, logística e publicidade, aliada à
modernização dos meios de pagamento, pode ser determinante para o crescimento e
a longevidade para se abrir loja online.