Pedir cartão de crédito emprestado é a principal forma utilizada pelos
consumidores, principalmente por não ter crédito aprovado. Maioria recorreu aos
maridos/esposas e pais.
Pedir
cartão de crédito emprestado é a principal forma utilizada pelos consumidores;
a maioria recorreu aos maridos/esposas e pais
De acordo com o estudo, a prática é utilizada, principalmente, por quem
está com dificuldades de acesso ao crédito ou enfrenta imprevistos e não conta
com uma reserva de emergência. A principal razão apontada pelos entrevistados para
fazer compras em nome de outra pessoa foi não ter crédito aprovado (25%),
seguido do estouro no limite do cartão de crédito e/ou cheque especial com 20%
e nunca tentar o acesso ao crédito (19%).
Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, o consumidor
que empresta seu nome precisa refletir sobre as consequências do ato, pois a
responsabilidade legal sobre a dívida é sempre de quem emprestou, já que,
formalmente, ele é o titular da pendência financeira.
O estudo revela ainda que, na hora de pedir o nome emprestado, as
pessoas mais procuradas são aquelas do círculo de convivência, como cônjuges
(26%) e pais (22%). Irmãos aparecem em seguida, citados por 19% dos entrevistados.
A pesquisa revela que os argumentos de convencimento mais utilizados por
quem pede o nome emprestado variam: 20% disseram que precisavam pagar uma
dívida, 16% fazer o supermercado, 13% que precisava comprar roupas, calçados,
acessórios, 13% para arcar com os custos de médico, remédios etc, e 13% para
comprar coisas para o filho.
“As consequências do empréstimo de nome podem ser muito ruins, tanto do
ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista das relações sociais. Há
casos que resultaram em negativação do emprestador do nome. Quem empresta o
nome a um terceiro que teve o crédito negado por uma instituição financeira
assume o risco que aquela instituição preferiu não correr, tendo que arcar com
eventuais atrasos”, destaca Costa.
Os produtos ou serviços mais comprados no nome de outra pessoa foram
roupas, calçados e acessórios (27%), supermercado (21%) e eletrônicos (21%).